A Bioquímica é uma ciência que tem se desenvolvido de forma vertiginosa, tornando cada vez
mais complexo o desafio de manter-se atualizado. A pesquisa na área tem se desenvolvido em
vários institutos e, principalmente, no ambiente universitário que, teoricamente, deve propiciar
experiências que motivem o aluno à produção de conhecimento, articulando ensino, pesquisa e
extensão. Reconhecendo a importância do corpo docente para esta motivação, o objetivo deste
trabalho é conhecer os professores responsáveis pelo ensino da Bioquímica nos cursos de
graduação em saúde das universidades paulistanas, bem como os fatores que, na ótica destes
docentes, incentivam os alunos à pesquisa. Os dados foram obtidos a partir de questionário
aplicado aos professores e entrevista com uma amostra destes. Observamos um alto nível de
titulação dos professores de Bioquímica dos cursos de graduação em Saúde das universidades
paulistanas que se originaram de várias áreas de graduação. Esse nível de titulação acadêmica, a
natureza do conhecimento bioquímico, as atividades práticas em laboratório, a contextualização
do conteúdo com a futura prática profissional e o contato com professores pesquisadores em
departamentos com sólida pesquisa em bioquímica são fatores descritos como incentivadores do
interesse pela pesquisa pelo aluno.
Isto somente ocorrerá se a forma como o conteúdo for abordado estimular a construção ativa do
conhecimento pelo aluno. A motivação docente para o desenvolvimento do espírito científico no
aluno deve ser o eixo condutor do processo tornando-se necessário o desenvolvimento de
políticas institucionais que propiciem uma melhor articulação ensino-pesquisa nos espaços de
formação profissional.
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