quinta-feira, 13 de junho de 2013

Omega 3



O omega 3 DHA (ácido docosahexaenóico) reduz o risco de doenças cardiovasculares, doença de Alzheimer e cancro.

É um dos principais componentes da matéria cinzenta do cérebro, da retina, dos testículos, do esperma e das membranas celulares. Também é responsável por um crescimento e desenvolvimento adequado, pelo bom funcionamento do cérebro e pela diminuição da inflamação.  O omega 3 DHA é encontrado nos peixes de águas frias, mariscos e óleos de peixe, especialmente o salmão, truta, arenque, etc. O omega 3 DHA pode ser convertido pelo corpo no omega 3 EPA.

O omega 3 EPA (ácido eicosapentaenóico) reduz a inflamação e promove o bom funcionamento do cérebro.

Diminui os efeitos da depressão e esquizofrenia e também reduz o risco de cancro. Como acontece com o omega 3 DHA, o omega 3 EPA é encontrado nos peixes de águas frias, mariscos e óleos de peixe, especialmente o salmão, truta, arenque. O omega 3 EPA é útil para reduzir os coágulos de sangue que podem ocorrer no sistema cardiovascular humano. Também é bom para reduzir a inflamação nas articulações. Ajuda a prevenir a artrite reumatóide, lúpus, asma, doença de Crohn e doenças de pele.

O omega 3 ALA (ácido alfa-linolénico) tem funções cardio-protectores.

O ALA diminui o risco de doenças cardiovasculares e também reduz os efeitos da epilepsia. O omega 3 ALA é encontrada principalmente em vegetais e óleos de sementes, como os óleos de colza, nozes, e linhaça. Uma coisa a salientar é que todos os tipos de omega 3 são essenciais. Mas o omega 3 ALA é a fonte mais acessível omega 3, por isso é usado mais frequentemente para melhorar a alimentação animal ou para fazer produtos com omega 3 como bolachas ou ovos. O nosso corpo pode transformar ALA em EPA e DHA. No entanto, os nossos corpos não são eficazes a converter ALA em EPA e DHA (apenas 5% a 10% é transformado). Por isso depender do omega 3 ALA como a nossa fonte principal de omega 3 não é o suficiente. Essa é uma das razões por que uma alimentação rica em peixe e é tão largamente recomendada.

O omega 6 também é considerado essencial, e encontra se na maior parte dos óleos alimentares como os de milho, ou girassol.

Apoia a saúde da pele, ajuda a diminuir o colesterol e faz o nosso sangue “pegajoso” para ser capaz de coagular. Mas os omega 6 e os omega 3 tendem a competir pelo mesmo espaço nas nossas células. E como há mais disponibilidade de omega 6 em relação ao omega 3 nos alimentos comuns, o que pode resultar é um grave desequilíbrio entre eles no nosso corpo. Quando o sangue é demasiado “pegajoso ” (por excesso de omega 6 e pouco omega 3) promove a formação de coágulos, e isso pode aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames. Enquanto os omega 3 ajudam a reduzir a inflamação, alguns omega 6 tendem a promover a inflamação, que faz parte do nosso sistema imunitário, mas pode apresentar um problema quando se consome demasiados alimentos ricos em omega 6.

Para uma dieta ser saudável é preciso haver um equilíbrio entre os omega 3 e os omega 6.

Cientistas recomendam índices variáveis que vão desde 5:1 (5 de omega 6 para 1 de omega 3) a 1:1.  Alguns especialistas sugerem uma proporção de 1:1 como sendo a ideal.
A dieta moderna dos portugueses tende a conter mais omega 6 do que omega 3. O rácio actual de uma dieta moderna é estimada em 14:01 a 20:01. A dieta portuguesa tradicional mediterrânica, por outro lado, tem um equilíbrio saudável entre omega 3 e omega 6. Muitos estudos têm mostrado que pessoas que seguem esta dieta têm menos probabilidade de desenvolver doenças cardíacas. A dieta mediterrânica não inclui muita carne (que é rico em omega 6) e enfatiza os alimentos ricos em omega 3. É uma dieta amiga do coração porque também inclui cereais integrais, frutas e legumes frescos, peixe, azeite, alho, bem como o consumo moderado de vinho.
Vamos voltar a adoptar a típica dieta mediterrânica. Para poder beneficiar dos poderes cardio-protectores dos omega 3, coma uma variedade de peixes gordos 2 a 3 vezes por semana e procure reduzir o consumo dos omega 6 na sua alimentação diária.

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